A área florestal ardida há cerca de um mês na União de Freguesia de São Jorge e Ermelo, em Arcos de Valdevez, está a ser semeada com recurso a um drone agrícola, com cerca de dois metros, que até sexta-feira deverá espalhar cerca de uma tonelada e meia de sementes.
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Segundo o autarca local, Horácio Cerqueira, a ação envolve um veículo aéreo não tripulado contratado a uma empresa, das poucas que operam no país e que por norma o utiliza para a agricultura. “Nós é a primeira vez que usamos drone e em Portugal, dizem-me que em estabilizações de emergência em área florestal nunca foi utilizado”, afirma o presidente da junta, que no início de setembro viu uma extensa área daquela freguesia ser consumida por um incêndio de grandes proporções e que chegou a envolver mais de 200 operacionais no combate.
“Utilizamos a tecnologia porque nos facilita muito a vida. Estamos numa região muito sinuosa, com inclinações consideráveis, que tornam muito difícil, senão impossível, fazer a sementeira de forma manual. O drone permite-nos fazer mais rápido e ter acesso a zonas mais complexas”, disse ao JN, Horácio Cerqueira, adiantando que, nos dias a seguir ao fogo ter sido extinto, foram realizados trabalhos prévios de “estabilização de emergência” da área ardida.