Duas aldeias ameaçadas por incêndios em Arcos de Valdevez. Bombeiros falam em “fogo posto”

Segundo o Comandante dos Bombeiros Voluntários de Arcos de Valdevez, Filipe Guimarães, estão no terreno mais de meia centena de operacionais “a fazer proteção” para impedir a chegada das chamas. “Temos pessoal posicionado a fazer proteção aos lugares e, para já, estão a conseguir tomar conta”, declarou Filipe Guimarães. Naquele concelho há, esta noite, cinco incêndios, sendo que "os meios estão concentrados em apenas dois". Questionado sobre o risco para habitações e eventual plano de evacuação das aldeias ameaçadas, Filipe Guimarães frisou que, por enquanto, os meios estão “a conseguir controlar”.

“As situações mais preocupantes são em Sá, Paradela-Soajo e Ferreiros-Gondoriz. Em Sá a situação é aflitiva. Estão lá 29 operacionais e em Paradela-Soajo 38” sublinhou, considerando que aquele cenário, que já o obrigou a “pedir reforços” a outras corporações do Alto Minho, como Viana do Castelo, Ponte de Lima e Vila Praia de Âncora, se deve a “fogo posto”.  

“A situação está muito feia. O terrorismo voltou a Arcos de Valdevez. Nos últimos cinco dias já vamos com 18 incêndios, um deles com 50 hectares. Hoje apareceu tudo [os incêndios] depois das 19 e 20 horas. Isto é tudo ateado. Não estão temperaturas para haver incêndios”, afirmou.

Segundo Filipe Guimarães, o vento sopra nesta altura “com grande intensidade e está a aumentar”, sendo que estão previstas para as zonas altas “rajadas de 90 quilómetros/hora”. “A previsão de chuva é só para as seis da manhã. Esperemos que venha antes para acabar com isto”, frisou.