Duas décadas de Queima do Judas em Vila do Conde inspiram edição deste ano
No ano em que se assinalam 20 anos do primeiro espetáculo, a Queima do Judas em Vila do Conde vai revisitar alguns dos seus momentos mais marcantes. Serão duas centenas de pessoas em palco, no dia 19 de abril, na antiga Seca do Bacalhau.
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Passaram por lá Agustina Bessa-Luís, José Régio e Joaquim Moreira da Silva. Falou-se do mar, da pesca e das rendas de bilros, dos antigos estaleiros navais, do aqueduto, do Mosteiro, do Mercado Municipal e da enorme comunidade chinesa. Temeu-se a morte, deixaram-se alertas, satirizaram-se os “males” da sociedade, celebrou-se a liberdade. São 20 anos de Queima do Judas em Vila do Conde e, para assinalar a data, o espetáculo comunitário de teatro de rua vai, neste ano, revisitar alguns dos momentos, personagens, performances e músicas mais marcantes. São 200 atores em palco. É no dia 19 de abril, às 22.30 horas, na antiga Seca do Bacalhau.
Desde a 1.ª edição, em 1999 (pelo meio, houve um interregno), que a Queima do Judas é, a cada ano, dedicada a um tema e homenageia um artista ou uma comunidade vilacondense. O espetáculo mistura teatro, circo, música, dança, vídeo e artes plásticas e termina sempre com a leitura do testamento em tom de sátira aos “males” do concelho. Em palco, há um ou outro artista profissional, mas a maioria são amadores, todos voluntários, ligados a clubes e associações locais. No total, entre atores, músicos e técnicos, são cerca de 200 pessoas. A organização é da Nuvem Voadora - Associação Cultural.