O comandante dos bombeiros da Figueira da Foz, criticado por ter abandonado o comando "para descansar", na madrugada de domingo, durante a tempestade Leslie, diz que acusações são "situações parasitas".
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Esta segunda-feira de manhã, em declarações à agência Lusa, o ex-responsável pela Proteção Civil da Figueira da Foz e atual presidente dos Bombeiros Voluntários locais, Lídio Lopes, pediu a sua "demissão imediata", acusando-o de "abandonar a coordenação das operações de socorro em plena crise, sem comunicar esse abandono, sequer, a quem o iria substituir no comando operacional dos bombeiros".
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Confrontado com estas acusações, Nuno Osório reagiu com determinação. "É claramente mentira. É verdade que houve um período de descanso, porque o dia seguinte iria ser muito exigente e eu sou humano, mas tinha tudo sob controlo", assegurou o comandante ao JN.
Em relação às dúvidas sobre a colocação dos meios de reforço de Aveiro e da Força Especial de Bombeiros enviados pelo Comando Distrital de Operações de Socorro de Coimbra, Nuno Osório garante que foi ele distribuir as equipas "em articulação" com o CDOS.
Hoje à tarde as equipas de socorro e proteção civil municipal tinham já assegurado a desobstrução de 99 por cento das vias rodoviárias, reposto o abastecimento de água e mantinham as atenções "na reposição da normalidade" no concelho da Figueira da Foz.
"O nosso foco é o trabalho. É nisso que estamos focados a 200 por cento", afirmou Nuno Osório, atribuindo as críticas a pessoas "que não se focam no prioritário" e ao "sentimento de inveja pela notoriedade que os serviços têm alcançado, quer no concelho quer no exterior".