O Exército português está empenhado em encontrar talento na área tecnológica junto da sociedade civil. Com um programa de modernização já em curso, aquele ramo das Forças Armadas esteve no Parque de Ciência e Inovação (PCI), situado no limite entre os concelhos de Aveiro e de Ílhavo, para o Army Inovation Day.
Corpo do artigo
No evento, várias empresas tecnológicas nacionais apresentaram os seus produtos, que podem, um dia, vir a ser úteis na estratégia de defesa nacional.
Utilizar a inovação tecnológica para otimizar recursos, além de modernizar sistemas e tecnologias, é um dos objetivos do programa de modernização, que, segundo o Exército, tem à sua frente “um mundo de oportunidades”.
Cinco empresas apresentaram no PCI produtos por si desenvolvidos, que poderão ter utilização prática no exercício das funções inerentes ao Exército. Foi o caso da Katchit, que é detentora de uma tecnologia que permite, de acordo com André Silva, “ter, em tempo real, uma análise pormenorizada e exata da performance dos utilizadores”, conseguindo detetar, inclusive, emoções, género e idade. “Esta tecnologia patenteada dá, por exemplo, para antecipar ‘burnouts’ e registos emocionais”, explicou aquele que é um dos fundadores da empresa.
Rita Macedo Marques, major de engenharia militar no Exército, apresentou o projeto de eficiência energética, hídrica, sustentabilidade e proteção ambiental, da Brigada de Intervenção, e foi clara: “estamos abertos e queremos inovar, com a academia e com a indústria”.
Até porque tendo o Exército dificuldade, na área ambiental, em concorrer a eventuais apoios – que permitam, entre outros, implementar projetos para reduzir a pegada ambiental –, as parcerias com a sociedade civil podem ser benéficas. “Precisamos da indústria e da academia, para podermos concorrer em consórcio, e assim também apoiarmos as vossas ideias e os vossos produtos. Era aqui que eu queria que se juntassem a nós”, apelou a major.