“Dar ao rio Ave o valor que ele teve, enquanto grande motor da região”. É este o grande objetivo da Ecovia do Ave e do Parque Ribeirinho da Azurara. No fundo, voltar “a virar Vila do Conde para o rio”, afirmou o presidente da Câmara, Vítor Costa.
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Os dois projetos vão custar quatro milhões de euros. A ideia, explicou o autarca, é ter obra no terreno em meados de 2025. A conclusão está prevista para o fim de 2026. “Património” e “identidade” são as palavras de ordem, explicou o arquiteto João Edmundo. A ecovia de seis quilómetros ligará a azenha quinhentista de Azurara ao lugar da Carvalheirada, em Tougues. Para já, avança a primeira fase de 1,7 quilómetros até à ponte de Retorta. Ao longo do percurso haverá ancoradouros, anfiteatros naturais, zonas de lazer, velhas azenhas e moinhos recuperados. Na Espinheira, junto à praia fluvial, nascerá uma ponte pedonal e ciclável.
Do lado de Azurara, em frente ao centro histórico da cidade, ficará o Parque Ribeirinho: 5,5 hectares, 900 árvores, 24 mil arbustos, 18 mil m2 de área relvada e 15 mil m2 reservados às muitas espécies que fazem da foz do Ave casa. Haverá um miradouro em forma de barco e um parque aventura a lembrar os velhinhos estaleiros. Junto à ponte ficará um edifício de apoio com esplanada panorâmica sobre o rio. A arquiteta municipal Fernanda Órfão referiu que se pretende “trazer jovens à cidade”, “levar as atividades náuticas ao interior do concelho” e “contribuir para o desenvolvimento económico das freguesias”, sendo “fator de coesão social”.