A Vodafone vai sair do emblemático edifício, desenhado pela dupla de arquitetos Barbosa e Guimarães, para ser a sede da empresa, na Avenida da Boavista, no Porto. Em causa estará a recusa do dono em fazer obras de fundo na fachada, que tem problemas de infiltrações.
Corpo do artigo
A empresa de comunicações vai mudar-se para outro edifício arrojado, projetado pela Civilria e da autoria do arquiteto Luís Pedro Silva, que também desenhou o Terminal de Cruzeiros de Leixões.
A Vodafone já começou a desocupar o imóvel, na Avenida da Boavista, construído de propósito para ser a sede da empresa, no Porto, e deverá no início do segundo trimestre de 2024 ocupar o edifício ICON Office II, em Francos.
De acordo com o jornal económico digital ECO, a empresa de telecomunicações prepara-se para abandonar o premiado edifício "em conflito com o proprietário (o fundo AF Portfólio Imobiliário do BCP), que se recusou a fazer obras na fachada".
O edifício, que chegou a ser escolhido como um dos 20 mais surpreendentes escritórios criativos do mundo, corre, assim, o risco de ficar vazio.
Inspirado no slogan "Vida em movimento", o eficício custou 13,4 milhões de euros e é feito de betão à vista, "pontuado pela alternância de janelas triangulares". Foi inaugurado em outubro de 2009, e passou a centralizar na Avenida da Boavista os vários serviços da Vodafone que, até então, estavam espalhados em quatro locais da cidade.
Construído em dois lotes de terreno, no cruzamento da Avenida da Boavista com a Rua Correia de Sá, o Edifício Vodafone tem uma área de cerca de 3550 metros quadrados.
À procura de novos inquilinos
Ainda segundo o ECO, caberá à consultora Cushman & Wakefield encontrar novos inquilinos. Tanto o piso 3 (568,78 metros quadrados) como o piso 4 (530,87 metros quadrados), estarão disponíveis por um valor mensal (sem IVA) de 15 euros o metro quadrado, acrescidos cinco euros de condomínio.
Também há 21 lugares de estacionamento nos pisos subterrâneos, a 110 euros por mês.
Já em Francos, a Vodafone vai ocupar parte do segundo edifício de escritórios que a Cilviria está a terminar, e que inclui outro imóvel já ocupado pela Ageas.