<p>A Direcção-Geral de Energia concluiu que foi "adequada" a intervenção da EDP após os temporais que afectaram o Oeste e Algarve, provocando problemas de abastecimento de electricidade, mas recomenda que a empresa "pondere a atribuição de apoios".</p>
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"A intervenção da EDP Distribuição foi adequada quer em termos de níveis de alerta imediatos, quer na afectação dos meios técnicos e humanos mobilizados, e progressivamente incrementados, para repor a continuidade do serviço", concluiu o relatório da Direcção Geral de Energia e Geologia divulgado ontem.
Contudo, aquela entidade "recomenda que a EDP Distribuição analise as reclamações derivadas desta ocorrência, caso a caso, e pondere a atribuição de apoios e ajudas para as situações mais críticas criadas pela tempestade e interrupção de serviço". Segundo o relatório, "os tempos de reposição do serviço verificados em uma e outra região [Oeste e Algarve] estão alinhados com os ocorridos em outros países, com situações similares".
"No entanto, dada a recorrência deste tipo de eventos naturais, sua intensidade e danos provocados, há que aprofundar a análise e identificação de debilidades que devam ser superadas no plano organizativo, técnico ou regulamentar", lê-se no documento.
Para a Direcção Geral de Energia, a intempérie ocorrida na madrugada de 23 de Dezembro do ano passado, que atingiu "grande intensidade" na região Oeste e no Barlavento algarvio, foi um "acontecimento natural, imprevisto e incontrolável". "Constitui um caso fortuito ou de força maior e foi causa directa e imediata da danificação de elementos importantes", sustentam.