Eduardo Vítor Rodrigues não é candidato à liderança da Distrital do PS/Porto
Eduardo Vítor Rodrigues não será candidato à presidência da Federação do PS/Porto, que considera incompatível com a gestão da Câmara de Gaia. O socialista critica a utilização de lugares conquistados nas eleições para a projeção de carreiras políticas.
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É candidato à presidência da Federação do PS/Porto?
Não pondero essa possibilidade. Ao longo dos anos, tem-se utilizado os lugares conquistados nas eleições para a projeção de carreiras políticas. Gaia foi exemplo disso e encerra dois males. Por um lado, cria ansiedade excessiva aos atores políticos. Andam sempre tensos, com muitas preocupações sobre o que lhes acontecerá no dia seguinte. Por outro lado, cria um problema às instituições. Em vez de serem governadas a pensar no povo, são geridas a pensar nos trajetos pessoais dos protagonistas. As minhas energias estão centradas na resolução dos problemas estruturais da Câmara de Gaia. Não é compatível com uma diversificação dos projetos, ainda que perceba que teria condições para ser candidato. Não significa que não tenha uma palavra a dizer.
Quem gostaria de ver na presidência da Distrital?
A Distrital precisará de alguém com muita dedicação, que olhe para a região com grande capacidade reivindicativa e que tenha grande proximidade ao Governo. Não são incompatíveis.
Manuel Pizarro daria um bom presidente da Federação?
Manuel Pizarro seria um excelente candidato.
E apoiá-lo-ia?
Os candidatos terão de posicionar-se. Neste momento, não sabemos quem o fará. Gostaria que surgisse um candidato que consiga aglutinar as várias tendências do partido. Já não estamos em tempo de guerras fratricidas nem de lutas mesquinhas pelo poder. Precisamos que cada um ceda uma quota-parte da sua disponibilidade por um projeto e por uma luta comum. Espero que haja maturidade para isso. Trabalharei para ajudar a concertar posições.