Inaugurado em maio de 1992, manda a tradição que nos primeiros dias deste mês o Museu do Carro Eléctrico, em jeito de celebração, abra as portas à comunidade.
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Este sábado não foi exceção e nem mesmo a chuva que ameaçava cair estragou a festa. Quinze elétricos históricos da coleção da STCP desfilaram pela marginal para gáudio dos muitos que lotaram os veículos.
Olinda Moreira, 65 anos, soube da inicitiva pela Internet e foi uma das que não quis perder a oportunidade de voltar a andar de elétrico: "É algo nostálgico e dá realmente muitas saudades dos tempos em que este era um dos principais meios de transporte no Porto".
Também de olhar embevecido a ver os elétricos alinhados nos carris, estava Isabel Moreira. Há 24 anos, foi uma das primeiras guarda-freios a iniciar-se numa profissão que na altura ainda era exclusiva de homens. "Trataram-me sempre muito bem, porque tinha a idade das filhas de alguns", recordou.
Isabel deixou de conduzir os elétricos há três anos, mas confessa, sem reservas, que "não há melhor". "É transportar história pelas ruas e claro que deixa muitas saudades", referiu, mesmo quando aponta os "carros mal estacionados" como o principal problema para a circulação.
Com quase todos os veículos históricos na rua, Inês Ferreira, diretora do museu, contou ao JN que o espaço abriu este sábado portas e com acesso gratuito, oferecendo ao público a possibilidade de assistir a atuações de música, dança e teatro, assim como participar nas oficinas em família.