A Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa informou que a queixa-crime apresentada sobre a retirada de parquímetros em Carnide foi "contra desconhecidos" e não contra a Junta de Freguesia
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"Na sequência dos acontecimentos de hoje com parquímetros da EMEL, esta empresa promoveu a competente queixa-crime contra desconhecidos", refere a EMEL num esclarecimento enviado à agência Lusa.
À tarde, o presidente da Junta de Freguesia de Carnide, Fábio Sousa (CDU), havia informado que a queixa-crime feita pela EMEL era dirigida a si.
O autarca falou aos jornalistas nos Paços do Concelho, onde estava prevista a entrega dos 12 equipamentos retirados na noite de quarta-feira por moradores de Carnide, num sinal de protesto pela sua instalação, no final da semana passada, na zona histórica da freguesia.
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Porém, os equipamentos que permaneceram durante a manhã na sede da Junta, aparentemente sem sinais de vandalismo, não acompanharam os cerca de 40 cidadãos da freguesia que se deslocaram à Câmara de Lisboa. "A polícia não permitiu que os parquímetros fossem trazidos para cá", indicou Fábio Sousa.
Na nota enviada à Lusa, a EMEL aponta que "a Polícia de Segurança Pública, no âmbito das investigações que levou a cabo, diligenciou no sentido da localização dos parquímetros, tendo apurado que os mesmos se encontravam nas instalações da Junta de Freguesia de Carnide".
"Após interpelação para a entrega voluntária dos parquímetros, tal não aconteceu, pelo que o Ministério Público promoveu mandatos de apreensão dos equipamentos", precisa a empresa municipal.
A EMEL adianta que, ao final da tarde, "os equipamentos foram apreendidos pela PSP, após assinatura do auto pelo senhor presidente da Junta de Freguesia de Carnide".
A autarquia de Carnide tem vindo a contestar a forma como o estacionamento tarifado foi introduzido no centro histórico, considerando que não surge no momento adequado por o município ainda não ter requalificado, como se comprometeu, locais como a Azinhaga das Carmelitas, Travessa do Pregoeiro, Rua General Henrique de Carvalho, Rua das Parreiras e a Rua da Mestra.