EMEL gasta 19 mil euros para bloquear aplicações da Gira feitas por jovens
Universitários criaram ferramentas para resolver problemas do aplicativo oficial, mas empresa de Lisboa quer impedir acesso por questões de segurança.
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A Empresa de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL) vai pagar mais de 19 mil euros para melhorar a aplicação original da rede de bicicletas partilhadas Gira, que apresenta várias falhas, bloquear duas apps criadas por estudantes e evitar que novas surjam. Os autores das ferramentas informais, uma delas com 600 utentes diários, lamentam a decisão da empresa municipal e que esta "não aproveite" as suas ideias. A EMEL indica que identificou "constrangimentos pontuais com a app" e que esta é uma forma de solucioná-los.
A EMEL, que gere o sistema de bicicletas partilhadas da capital, vai criar uma nova versão da aplicação da rede Gira e, enquanto a desenvolve, impedirá o acesso de programadores independentes ao seu sistema até ao final deste mês. Pretende acabar, assim, com as falhas recorrentes denunciadas pelos utilizadores da Gira e que levaram dois jovens universitários a criarem aplicações alternativas.