Vinte e um alunos de Braga recebem 50 euros mensais. Prémio de empresas integradoras concedido à DST.
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Vinte e um estudantes da comunidade cigana a frequentar o 3.º Ciclo e o Ensino Secundário no distrito de Braga vão receber bolsas de estudo, durante um ano, pagas pela empresa DST. O acordo foi assinado ontem entre José Teixeira, presidente do grupo de empresas de construção civil, a secretária de Estado para a Integração e as Migrações e várias associações para a integração das comunidades ciganas.
No valor de 50 euros mensais, as bolsas foram atribuídas no âmbito do programa Roma Educa, do Alto Comissariado para as Migrações (ACM) que visa incentivar a frequência e o sucesso escolar. Todos os jovens do distrito de Braga que se candidataram à bolsa foram contemplados. Em todo o país, o programa atribuiu bolsas a 120 jovens.
"Nesta empresa, a comunidade cigana é uma comunidade como as outras", frisou José Teixeira, afirmando que alguns empresários "precisam de empurrões para conseguir superar as barreiras sociais".
Pelo trabalho desenvolvido da integração, a DST Group ganhou, pelo segundo ano consecutivo, o prémio Empresas Integradoras, atribuído pelo Observatório das Comunidades Ciganas (OBCIG).
"É uma forma de sensibilizar o mundo empresarial para a importância de ter nos seus quadros a pluralidade de diferenças que faz parte da sociedade portuguesa", salientou Maria José Casa-Nova, coordenadora do Observatório das Comunidades Ciganas e professora na Universidade do Minho.
Em 2020, o grupo empresarial empregava oito pessoas de etnia cigana. "A inovação que nasce desta diversidade é uma enorme mais-valia para as empresas", finalizou Cláudia Pereira, secretária de Estado para a Integração e as Migrações.