Ainda não há uma data prevista para o início do funcionamento da Empresa Metropolitana de Transportes do Porto, que vai gerir a operação da Unir. Na reunião do Conselho Metropolitano do Porto desta sexta-feira não foi possível avançar com o processo, devido à ausência de vários autarcas.
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Foi uma reunião incomum a do Conselho Metropolitano do Porto (CMP) desta sexta-feira. É que, faltou toda a direção: o presidente (o autarca de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues) e os dois vice-presidentes (o autarca de S. João da Madeira, Jorge Sequeira; e o da Trofa, Sérgio Humberto, que é candidato às europeias).
Acresce que cinco dos 17 municípios nem se fizeram representar. À conta disso, teve que se mexer nos regulamentos para apurar quem deveria presidir à reunião. Calhou ao presidente da Câmara de Paredes, Alexandre Almeida, por ser, dos que estavam presentes, o presidente de Executivo de um município com mais eleitores.
"Faltaram muitos presidentes porque havia a assinatura de um protocolo da CCRD-Norte (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte) para a reabilitação de unidades de saúde", justificou Alexandre Almeida, no final aos jornalistas.
Devido à ausência substancial de municípios, não foi possível avançar com os próximos passos para a constituição da Empresa Metropolitana de Transportes, que teve o visto do Tribunal de Contas a 23 de abril passado. Nem há uma data prevista para que esse processo seja iniciado. Segundo o autarca de Paredes, falta registar a empresa" e criar os órgãos que a vão compor, como o Conselho de Administração, o Conselho Fiscal e a Assembleia-Geral.
Recorde-se que a Empresa Metropolitana de Transportes, que vai ter a seu cargo a operação da Unir (entrou e funcionamento a 1 de dezembro de 2023), deverá incorporar as valências dos Transportes Intermodais do Porto (TIP), que gerem a bilhética Andante (metro do Porto, STCP e CP - dentro da região), estimando-se que venha a ter 60 trabalhadores, três dos quais administradores.
O facto de ainda não ser possível adiantar uma data para a entrada em funcionamento da empresa que vai "fiscalizar" a Unir, que já está no terreno há seis meses, foi desvalorizado pelo presidente da Câmara de Paredes. "O mais complicado era a obtenção do visto do Tribunal de Contas. Na próxima reunião do CMP, a questão será colocada em cima da mesa", referiu Alexandre Almeida.