Empresário histórico alerta para “morte por negligência da noite do Porto”
Mário Carvalho, empresário histórico e pioneiro da "movida" portuense, foi à Assembleia Municipal do Porto alertar para o aumento da criminalidade no centro da cidade. Faltam polícias na rua e "os portuenses e portugueses já abandonaram o centro por medo", relatou.
Corpo do artigo
O tema da Assembleia Extraordinária, na última noite de segunda-feira, era "Criminalidade, insegurança, causas e consequências no Porto" e Mário Carvalho achou que devia ir relatar a sua experiência. Primeiro, lembrou que é empresário de animação noturna desde 1988, do tempo em que ainda havia muitos polícias. "Quando iam autocarros com mais de 40 polícias para fechar a Indústria [discoteca na Foz]" ou quando o Lusitano ainda era o único bar da Baixa e, "mesmo assim, ia uma dúzia de polícias multar os carros mal estacionados" em José Falcão.
Hoje, o cenário é o oposto. "Não vemos um polícia na rua; quando chamo, ou não aparece ou demora 50 minutos, no mínimo", lamentou Mário Carvalho. Para aumentar o número de polícias na rua - "de carros, de motos, de bicicletas, a cavalo e, muito importante, a pé" - porque não manter na PSP os 92 agentes que vão reforçar a Polícia Municipal e contratar escrivãos "já que esta força é só fiscalizadora e autuante?", questionou.