Empresas de Famalicão procuram trabalhadores mas não os encontram
45 por cento dos empregos oferecidos pelas empresas de Famalicão nos últimos dois anos ficaram por preencher.
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Segundo Domingos Sousa, diretor do Centro de Emprego de Vila Nova de Famalicão, tal acontece devido a um desajustamento entre o perfil pretendido e os candidatos inscritos no Centro de Emprego. Outro fator que contribui para a falta de preenchimento das vagas é, diz Domingos Sousa, "o elevado peso" da economia informal.
O têxtil e vestuário, o agroalimentar e a metalurgia e metalomecânica foram os setores onde se verificou uma maior falta de profissionais, garantiu o responsável durante uma conferência de imprensa, esta segunda-feira, após uma reunião com o presidente da câmara local.
Nos últimos dois anos, foram registados no Centro de Emprego de Famalicão 6 mil ofertas de postos de trabalho, tendo o número de colocações ascendido a 3.342.
Mesmo assim, o concelho de Vila Nova de Famalicão está, segundo o responsável, numa trajetória "acentuada" de descida da taxa de desemprego: a percentagem de desempregados passou de 16 para dez por cento.
"São muito boas notícias para Famalicão", garante o presidente da Câmara local, Paulo Cunha, sublinhando que a performance resulta, em parte, do "processo interinstitucional que aproximou as empresas das escolas e que valorizou o ensino profissional nos últimos anos em Famalicão".
"Fomos dos primeiros municípios do país a ultrapassar a meta dos 50 por cento dos jovens estudantes inseridos no ensino profissional", assegura.
