<p>A creche que estaria a funcionar ilegalmente, há cerca de cinco anos, na Torre da Marinha, no Seixal e onde, recentemente, terá ocorrido um episódio de abuso sexual de criança foi encerrada, ontem, quinta-feira, de manhã, por ordem da Segurança Social.</p>
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Conforme o JN adiantou na edição da passada segunda-feira, o espaço que funcionava diariamente enquanto creche, sob a tutela da proprietária e única funcionária, acolhia cerca de 20 crianças.
Após as suspeitas de um caso de pedofilia, foram muitos os encarregados de educação que optaram por retirar os seus filhos daquele espaço onde, actualmente, estavam 12 crianças.
Segundo foi possível apurar junto da Segurança Social, a proprietária das instalações, que iniciou a actividade enquanto ama na sua residência, mas que alargou a actividade a uma loja contígua à sua casa, o espaço já estava referenciado como ilegal tendo sido, inclusive, notificado para encerramento em Julho. A ordem não foi cumprida, o que ditou a acção coerciva de ontem.
No dia 15, uma queixa deu entrada na PSP do Seixal por alegado abuso sexual de uma criança. Uma menina de 9 anos queixou-se à mãe que o filho da proprietária a teria magoado nas virilhas. Perante a acusação a mãe da criança deslocou-se ao Hospital Garcia de Horta, em Almada e o relatório médico acabou por revelar que a menor tinha sofrido um traumatismo no interior do órgão genital. A mãe da criança apresentou de imediato queixa ao Ministério Público e o caso seguiu para investigação. O alegado abusador ouvido pela PSP, tendo negado todos os factos e dito que estaria a brincar com a menor quando esta caiu e se deu tal acidente.
Ontem de manhã, uma equipa de intervenção rápida da PSP do Seixal acompanhou os elementos da Segurança Social ao número 18 da Rua Sá de Miranda, na Torre da Marinha. À medida que os vários encarregados de educação iam chegando eram informados que o espaço ia encerrar. As crianças que já se encontravam no espaço foram encaminhadas para outros locais, com o conhecimento dos pais. A proprietária foi notificada e o espaço acabou por ser encerrado, sem qualquer incidente.