Encerramento da Coindu: "Não me consigo imaginar a escrever 'desempregada' num formulário"
Catarina Almeida, de 43 anos, trabalha há quase 23 na fábrica da Coindu em Arcos de Valdevez, e recebeu com “um misto de emoções” a notícia do despedimento coletivo de cerca de 360 trabalhadores da empresa e do seu encerramento em 31 de dezembro.
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Com as emoções abaladas por ter de deixar um posto de trabalho que conhece desde os 21, Catarina chora a despedida, por um lado, mas mantém, por outro, a esperança na entrada de um possível investidor, de outra área de negócio, até ao final do ano.
“Estou disponível para trabalhar. Toda a minha vida trabalhei e não me consigo imaginar a preencher um formulário e escrever lá no papel ‘desempregada’. Custa-me. Custa-me muito isso”, desabafou, esta terça-feira, à saída da fábrica, após ter cumprido turno até às 14 horas. E de ter ouvido de viva voz, por parte dos administradores, que o despedimento coletivo é “irreversível”.