A marginal da Afurada, em Gaia, encheu-se, este domingo à tarde, de centenas de pessoas que se juntaram para assistir à tradicional procissão de São Pedro, que contou com 44 andores nas ruas.
Corpo do artigo
Nesta época festiva, para além de se prestar a devoção aos santos, há quem aproveite para homenagear quem já partiu. É o caso de Adão Moreira, que já participa na procissão de São Pedro da Afurada há mais de 20 anos. "Todos os anos levo o mesmo andor, o São Gonçalo", começa por dizer. "Vem do tempo de uma pessoa amiga que já faleceu. Comecei com ele e espero acabar o mais tarde possível para o homenagear".
De traje azul e branco, Adão considera que o dia representa o "convívio do povo" da Afurada. "É um gosto que temos todos os anos, de fazer esta procissão e esta caminhada".
Para quem ali vive, a procissão é sempre uma emoção. A guardar lugar bem cedo para ver de perto todos os andores, Águeda Gomes não falha um ano. Considera estar "tudo lindo: os andores, a procissão e a festa de São Pedro". Feliz, mas também surpreendida, nunca pensou ver "sair 44 andores".
Eduardo Vítor Rodrigues presente
Quem não deixou de marcar presença, como é habito todos os anos, foi o presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues. Ao JN, afirma estar com "muito gosto, a convite da comissão de festas, e mais uma vez fazendo parte deste movimento extraordinário de comunidade, de solidariedade, de fé e de muita festa".
O casal José Ribeiro e Alzira Ferral, de Matosinhos, também seguiu a procissão. "É uma festa muito importante, faz parte do nosso país, é tudo muito lindo". Registam ainda que quem leva os andores faz "o sacrifício de andar por estas ruas, para nós podermos ver os santos", mas a verdade é que "quem faz por gosto não cansa".