A fábrica da Tupperware em Montalvo, no concelho de Constância, em Santarém, deverá continuar a funcionar, pelo menos, até ao dia 16 de janeiro.
Corpo do artigo
O encerramento da unidade de produção, anunciado para esta quarta-feira, foi adiado devido ao grande volume de encomendas, revela ao JN Isabel Matias, da delegação do Tramagal do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Centro, Sul e Regiões Autónomas.
Isabel Matias acompanhou hoje a visita de João Oliveira, deputado do PCP no Parlamento Europeu, que, segundo a sindicalista, garantiu que irá “fazer tudo por tudo para que a empresa não encerre, e para ajudar os trabalhadores”. Apreensivos com o clima de incerteza, os operários foram aconselhados pelo sindicato a não assinar qualquer documento, durante a reunião que decorre amanhã, a partir das 14.30 horas, com advogados da Tupperware.
Reunião com advogados
“Disseram-lhes que tinham arranjado dois advogados para os defender, mas se quem paga é a empresa, é claro que não vão puxar para o lado dos trabalhadores”, observa a funcionária do sindicato. Apesar de também estar presente, aconselhou-os a “estarem de ouvidos bem abertos, e a não assinarem nada”. No dia seguinte à reunião, que considera fundamental para saber o que vai acontecer no futuro, vai haver um encontro com o sindicato. “Estou preparada para fazer 200 processos”, garante.
Tal como o JN revelou na terça-feira, um grupo de investidores portugueses apresentou uma proposta de compra da fábrica da Tupperware em Montalvo, à empresa norte-americana, no dia 26 de dezembro, ao qual ainda não terá obtido resposta. A unidade de produção, que tem tido apenas as máquinas de injeção de garrafas a trabalhar, canalizou os restantes funcionários para a secção de encomendas. A fábrica emprega 200 pessoas.