Os enfermeiros do serviço de urgência médico-cirúrgica do hospital de Famalicão dizem que as condições de trabalho não são as adequadas. Há até profissionais que já fizeram uma nota de escusa.
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Para as 10 horas de sexta-feira, está prevista uma vigília silenciosa contra as condições de trabalho e a Ordem dos Enfermeiros vai reunir com a administração da unidade de saúde. O fluxo de trabalho e as condições físicas são as principais queixas destes profissionais de saúde.
Segundo Rui Carneiro, do Sindicato dos Enfermeiros, o fluxo de trabalho e o recurso às horas extraordinárias estão a deixar os profissionais "fisicamente desgastados". E mesmo que a afluência ao serviço de urgência possa ter diminuído, o sindicalista nota que há doentes que precisam de outro tipo de cuidados porque ficam dias na urgência, por não haver vaga no internamento médico-cirúrgico. "Isso significa que é preciso prestar outro tipo de cuidados ao doente como higiene e alimentação", nota o sindicalista, referindo que o que era feito por "dois ou três" é agora feito por um profissional.
Por outro lado, diz ainda, a nova ala para doentes respiratórios não tem aquecimento durante a noite, o que causa constrangimentos aos profissionais que ali trabalham e que têm de vestir várias camadas de roupa por baixo do fato de proteção.
O sindicato, aponta Rui Carneiro, está a tentar contactar com a administração do hospital no sentido de solucionar a situação. A administração não quis reagir às queixas remetendo para amanhã uma eventual posição sobre o assunto.