O Instituto Confúcio da Universidade do Minho, em parceria com o Município de Braga, ensinou mandarim a 1127 alunos do concelho entre 2016 e 2022, disse esta terça-feira fonte da Autarquia.
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"No ano letivo 2022/23, 286 alunos de escolas públicas de Braga beneficiam do projeto que começou com 80 alunos e cuja procura tem crescido substancialmente", sublinhou a fonte, frisando que "além das aulas são dinamizadas atividades relacionadas com a Língua e a Cultura chinesas, para promover a aprendizagem de uma das línguas mais faladas à escala mundial".
A vereadora da Educação, Carla Sepúlveda, assistiu, esta terça-feira, a uma aula de mandarim na EB 2/3 Trigal Santa Maria, onde salientou a importância de alargar a oferta do ensino da língua estrangeira na escola. "Vivemos num contexto cada vez mais europeu e mundial nas nossas escolas. As crianças e jovens são cidadãos do mundo e é também nesta perspetiva global que enaltecemos o projeto de ensino de mandarim, o qual é valoroso para os nossos alunos, mas também para as crianças e jovens chineses que frequentam as escolas", referiu, sublinhando que "esta é uma forma de praticar inclusão e integração".
A iniciativa, que abrange maioritariamente alunos do 2º ciclo de escolaridade, está a ser desenvolvida em 10 Agrupamentos de Escolas: as EB2/3. de André Soares, Celeirós, Francisco Sanches, Frei Caetano Brandão, Gualtar, Lamaçães, Nogueira, Palmeira, Trigal Santa Maria e Real. A introdução do mandarim como uma das opções de Língua Estrangeira - acrescenta a vereadora - "proporciona aos alunos maior possibilidade de escolha, permitindo que iniciem (ou retomem) a aprendizagem da língua mais falada no mundo".
Segundo a vereadora, o aumento do número de alunos da disciplina leva a Câmara a "equacionar a hipótese de aumentar a equipa de professores a lecionar para que, assim, a oferta possa abranger mais turmas. Pretendemos alargar o projeto a mais escolas, assim como estabelecer parcerias entre escolas de Braga e escolas chinesas, de modo que exista uma espécie de intercâmbio cultural".
A oferta de aulas de mandarim nas escolas do Concelho consta do Plano Estratégico para o Desenvolvimento Económico de Braga (2014-2026), desenvolvido pela InvestBraga. Esta é uma aposta do Município para diversificar a oferta educativa.
A criação do Instituto Confúcio de Braga resultou da vinda em 1990 para a cidade, oriunda de Macau, da professora chinesa Sun Lam, que no ano seguinte iniciou cursos de Mandarim na UMinho e levou um grupo de alunos a estagiar no Instituto de Línguas Estrangeiras, em Pequim.