Desde 2020 que estão a ser dizimados 142 hectares de floresta na serra da Lousã. MP arquivou o processo.
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Três entidades públicas ouvidas, esta terça-feira na Assembleia da República, recusaram culpas no abate de árvores na Serra da Lousã, que acontece desde 2020. O Serviço de Proteção do Ambiente e da Natureza (SEPNA) da GNR, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e a Inspeção-geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT) foram chamados para se apurar se houve falhas na fiscalização. Em causa estão 142 hectares de floresta – 75 dos quais propriedade da Câmara, que não terá autorizado o corte – dizimados, por atividade de um empresário madeireiro.
Na IGAMAOT, deram entrada, em agosto de 2020, as primeiras duas denúncias – a que se seguiram outras – sobre o abate de cortes rasos de árvores no lugar da Silveira, na serra da Lousã, em áreas da Rede Natura 2000. José Brito e Silva, inspetor-geral daquela entidade, sublinhou que “o IGAMAOT não é um órgão de fiscalização nesta matéria”, tendo apenas “como competência verificar se os órgãos de fiscalização exercem as suas competências”.