Uma mulher de 21 anos terá ficado impedida de ter filhos de forma natural para o resto da vida, depois dos médicos lhe terem retirado a trompa de falópio errada. A utente já apresentou queixa no Hospital de Évora. Ao JN, a Unidade Local de Saúde (ULS) do Alentejo Central garante que irá abrir um inquérito.
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Carina Santos foi diagnosticada com uma gravidez ectópica (condição que ocorre quando o embrião se desenvolve fora do útero, tornando o feto não viável), o que obriga a que seja retirado através de uma cirurgia. Segundo avançou a CNN, a jovem foi encaminhada para o bloco operatório, depois de uma ecografia ter confirmado a existência de um feto na trompa do lado direito.
Realizada a cirurgia, a jovem teve alta passado 48 horas. No entanto, 17 dias mais tarde, a jovem continuava com sintomas de gravidez e decidiu voltar ao hospital de Évora. Foi aí que percebeu que tinha sido operada ao lado errado, que lhe tinham retirado a trompa esquerda e que o feto se tinha desenvolvido para as 10 semanas.
Nova cirurgia
Carina Santos teve de voltar ao bloco operatório para retirar a trompa certa, a direita. A jovem de 21 anos ficou sem as duas trompas, na sequência de um erro médico, ficando impedida de ter filhos de forma natural para o resto da vida.
Segundo a CNN, nos 17 dias que decorreram entre as duas cirurgias, Carina terá recebido um relatório da anatomia do hospital de Évora que refere que a amostra não é compatível com gravidez ectópica na trompa esquerda. O que confirma que a gravidez de Carina era na tromba direita, deixando sem perceber por que razão terão feito a cirurgia ao lado esquerdo.
Ao JN, a ULS do Alentejo Central confirma ter recebido a queixa da paciente e garante que irá apurar os factos. “A Unidade Local de Saúde do Alentejo Central recebeu a reclamação da utente Carina Santos, no dia 22 de abril, e, tendo em conta a situação descrita, será aberto um inquérito para averiguar os factos”, afirmou a ULS.