Escola Ramalho Ortigão vai fechar. "Transbordava de crianças. Agora, são nove turmas"
Zona do Bonfim, no Porto, viu fechar escolas dos 2.º e 3.º ciclos e Secundário ao longo dos últimos 20 anos. Especialistas apontam quebra demográfica como uma das causas. EB 2,3 Ramalho Ortigão perdeu centenas de alunos e vai encerrar no fim do ano letivo. Estudantes vão para a Secundária Alexandre Herculano.
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Longe de sonhar que se tornaria diretor do primeiro liceu central do Porto oriental, Manuel Lima entrou pela primeira vez na Escola Alexandre Herculano como aluno, em 1976, numa época em que toda a envolvente do Bonfim era "um formigueiro", com o vai e vem dos milhares de alunos que frequentavam as escolas que, ao longo do século XX, se foram concentrando nas imediações da igreja da freguesia, para fazer face ao crescente número de jovens a estudar no centro da cidade. Uma realidade inversa à registada nas últimas décadas, marcadas por uma vincada diminuição de alunos. Tão acentuada que, em 20 anos, e quando a Escola Ramalho Ortigão fechar as portas - inaugurada em em 1957, encerra no fim deste ano letivo -, a zona do Bonfim terá perdido quase todas as escolas EB 2,3 e secundárias: além do "Alexandre", fica com a Secundária Aurélia de Sousa e a Escola Artística Soares dos Reis. Também perto fica a EB 2,3 Augusto Gil, na Rua da Alegria.