<p>O ambiente na Secundária de Resende serenou, depois da notícia de que três alunos estavam infectados com tuberculose. Exames feitos a colegas de turma e a professores foram inconclusivos, por isso, o rastreio prossegue.</p>
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O ambiente na escola secundária de Resende, onde foram detectados três casos de tuberculose, "está mais calmo", depois de "algum pânico inicial", afirmou , ontem, Emília Fonseca, do conselho executivo daquele estabelecimento de ensino.
"Houve algum receio, algum pânico inicial entre a comunidade escolar e os encarregados de educação, penso que até mais pelo medo da palavra tuberculose, mas houve uma sessão de esclarecimento e os ânimos serenaram", contou aquela responsável. "Não há alunos a faltar às aulas com medo", acrescentou.
A doença contagiosa foi diagnosticada no final do mês de Abril aos três alunos (duas raparigas e um rapaz), encontrando-se dois deles, irmãos, ainda em isolamento, enquanto uma rapariga já regressou às aulas.
As preocupações do conselho executivo viram-se agora para o regresso dos dois irmãos (a rapariga de 14 anos e o rapaz de 19 anos), o que está previsto acontecer a 8 de Junho. "Preocupa-nos o seu regresso, porque vão ser identificados. Estamos a estudar a melhor forma de serem reintegrados", avançou Emília Fonseca.
A responsável contou que se tratam de jovens de uma família carenciada, estando o rapaz no Programa Integrado de Educação e Formação. A rapariga cumpre ainda o ensino obrigatório.
Emília Fonseca justificou o receio inicial dos encarregados de educação com a falta de informação sobre a doença, mas garantiu que a todos foram dadas explicações sobre o que se estava a passar quando foram solicitadas.
"A escola tem 740 alunos, não íamos enviar um comunicado a todos os pais a dizer que dois deles tinham tuberculose, até para proteger a sua identidade. Mas falámos com todos os que cá vieram ou telefonaram a pedir explicações", garantiu.
Foi efectuado, ainda, um rastreio aos 50 alunos e professores das duas turmas mas a maioria terá de fazer outros exames, avançou o delegado de saúde. O delegado de saúde de Resende, Manuel Ruas, disse que "os exames efectuados deixaram muitas portas em aberto" e que, por isso, "é preciso continuar a investigação à quase generalidade" do grupo.
"O rastreio indicou que é precisar manter a investigação. Vão ser feitos outros exames além dos que já foram realizaram", explicou. Segundo Manuel Ruas, a investigação ficará agora a cargo da Administração Regional de Saúde do Norte, que deverá em breve emitir um comunicado.