Só duas escolas do concelho de Cinfães estão de portas abertas, esta terça-feira. As restantes foram encerradas devido à greve dos professores. Em sinal de protesto, os docentes vestiram-se de negro e concentraram-se, esta manhã, em frente à escola sede do agrupamento.
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Os professores não descartam a possibilidade de repetir a paralisação ainda esta semana.
Na sede do Agrupamento de Escolas de Cinfães, só os diretores é que entraram ao serviço. Os restantes professores fizeram greve, levando ao fecho do estabelecimento de ensino.
Dos oito centros escolares, apenas o de Oliveira do Douro e Meridãos não encerraram. "Não há aulas no Agrupamento de Escolas. Nenhum professor do segundo e terceiro ciclos entrou na escola", afirma Pedro Peixoto, um dos organizadores do protesto, acrescentando que em greve estarão entre 80 e 100 docentes.
O protesto, pela "dignificação da carreira docente", foi decidido em plenário a semana passada e não está ligada a qualquer sindicato. Nos próximos dias podem repetir-se mais paralisações, avisa Pedro Peixoto.
O diretor do Agrupamento de Escolas de Cinfães, Manuel Pereira, colocou-se ao lado dos docentes, dizendo compreender as razões do seu descontentamento.
"O Ministério da Educação tem de dar sinais positivos com urgência para dentro das escolas porque cá há muita angústia e desespero", afirma o também presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares.