O escritor Pedro Chagas Freitas lançou uma campanha para conseguir um dador de fígado para o filho Benjamim, portador de uma doença rara. Nas redes sociais, o escritor natural de Guimarães revelou a história do filho e pede aos seguidores para ajudarem a encontrar um dador compatível.
Corpo do artigo
"O amor cura, tem de curar. O simples instante em que acreditamos nisso é um instante de felicidade. Continuamos à procura de um dador de fígado compatível para o nosso Benjamim. Terá idealmente de ser alguém com não mais de 55 anos de idade e no máximo 1,75 metros de altura e até 75 quilos de peso”, escreveu Chagas Freitas.
O menino está internado no Hospital Pediátrico de Coimbra há vários dias e o pai tem feito o relato do sofrimento do filho e da forma como a família está a lidar com a doença e com a procura de um dador compatível.
“Foram milhares, muitos milhares, de mensagens que hoje chegaram até nós. Obrigado a todos. Todos. A esperança também é decisiva nestes momentos, e cada um de vocês ajudou-nos a alimentá-la em mais um dia de angústia incontrolável”, relatou, pedindo aos interessados em registar-se como dadores para se informarem sobre as implicações deste ato.
O escritor pede perdão “a todas as empresas, câmaras, bibliotecas e pessoas com as quais tenha qualquer evento ou compromisso agendado nos próximos meses” se não avisar que não estará presente.
De acordo com o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), podem ser dadores de órgãos, em vida, todos os cidadãos que não se inscrevam no Registo Nacional de Não Dadores.
No caso da doação em vida, só pode acontecer se se cumprirem as condições e requisitos definidos na legislação portuguesa e que implicam que o dador tenha mais de 18 anos de idade e tenha boa saúde física e mental.
Após a vontade expressa de ser dador vivo, ainda de acordo com o IPST, o dador será avaliado por equipas médicas responsáveis pela transplantação, garantindo também os seus direitos, entre eles, a liberdade de decisão, voluntariedade, gratuitidade e altruísmo.