Um jovem de 18 anos morreu, ontem à tarde, quinta-feira, vítima de acidente de trabalho na Siderurgia Nacional, na Maia. Trabalhava na Companhia de Tratamento de Sucatas e foi colhido por uma retroescavadora. Pelas poucas informações disponíveis, teve morte imediata.
Corpo do artigo
Emanuel, 18 anos, residente em S. Pedro de Fins, justamente nas imediações da grande unidade industrial, estaria há pouco tempo a trabalhar ali. “Devia ser um dos novos”, diz-nos um taxista local, de apelido Pereira, que faz serviços frequentes para a Siderurgia Nacional. Não o conhecia, não se encontrava por ali quem o conhecesse. Nem sabia ao certo o que sucedera, embora já por lá tivesse andado a perguntar.
“Havia muita confusão e ninguém soube dizer o que tinha acontecido”, adiantou, admitindo pensar que a vítima havia sido o operador da máquina. Esclareceu-nos, porém, da circunstância de o trabalhador falecido estar ao serviço da Companhia de Tratamento de Sucatas, uma empresa dentro da grande companhia.
Sobre o ocorrido, fica-nos a versão de um elemento dos Bombeiros Voluntários da Areosa, condizente com o que indicaram outras fontes. A vítima estava a proceder a trabalho de soldadura, tendo sido atingido na cabeça pela pá de uma retroescavadora. Nada puderam fazer os meios de socorro para ali mobilizados, por volta das 16 horas, logo após o acidente.
“Só me apercebi de ter havido alguma coisa com o movimento de ambulâncias do INEM e da Polícia”, disse-nos a proprietária de um café de Folgosa, outra freguesia que confina com a fábrica, onde é habitual encontrar trabalhadores da Siderurgia. Só por lá vimos motoristas, que também não sabiam o que se passara.
Na fábrica propriamente dita, já não havia quem pudesse prestar declarações. Apenas os trabalhadores da segurança, amáveis mas firmes no cumprimento do silencioso dever. À vista do carro do JN, soubemos na hora, o último elemento que poderia dar-nos esclarecimentos retirou-se.