<p>O despiste e capotamento do autocarro de passageiros ontem, segunda-feira, à tarde na Covilhã atraiu muitos populares até ao local do acidente, na parte final da Ponte da Pedrinha, entre Boidobra e Ferro, próximo de um grande restaurante. </p>
Corpo do artigo
Cerca de meia centena de pessoas ficaram a acompanhar as operações de remoção do autocarro, sem no entanto se querer pronunciar muito sobre o sucedido. "Não vi nada, só cheguei agora aqui", foi a resposta mais obtida pelo JN enquanto abordava os "espectadores" que assistiam pacientemente às operações.
A unanimidade dos populares em relação a não terem assistido ao acidente mantém-se quando questionados sobre os antecedentes daquele local. "A ponte foi remodelada há pouco tempo. Nunca tive conhecimento de nenhum acidente nesta zona", conta Joaquim Silva, enquanto assiste aos trabalhos. Ao lado, outros elementos locais concordam.
Faltavam 20 minutos para as 18 horas quando chegou o equipamento para remover o autocarro. Este apresentava-se parcialmente destruído na parte da frente e estava atravessado numa ribanceira cujo topo ficava pouco abaixo da zona onde caiu, o que terá dificultado os trabalhos.
O autocarro tinha 14 anos e capacidade para 55 pessoas. A GNR da Covilhã afirma desconhecer ainda a totalidade de passageiros que viajava na viatura naquela hora. À hora a que os trabalhos de retirar o autocarro decorriam, as autoridades não sabiam ainda a que horas a circulação rodoviária podia ser retomada.
O autocarro, da Rodoviária da Beira Litoral fazia todos os dias aquele itinerário, fazendo a ligação entre o Fundão e a Covilhã, num percurso de cerca de 20 quilómetros.