Lista de independentes tem raízes genéticas cor de laranja, mas sociais-democratas perdem câmara.
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Depois de guerras internas no PSD, os eleitores de Esposende optaram ontem por dar a vitória a uma lista de independentes designada "Mudança por todos" e liderada por Carlos Silva, professor catedrático na Faculdade de Medicina do Porto e diretor de serviços no Hospital de S. João.
É a primeira vez, em 36 anos, que a câmara deixa de estar nas mãos do PSD propriamente dito. O partido de Luís Montenegro passou para segundo lugar, e só as duas forças partidárias mais votadas asseguram os sete mandatos atribuídos. À distância ficaram (e por esta ordem) o PS, o Chega, o PCP e o Bloco de Esquerda, sem conseguirem eleger representantes.
Carlos Silva foi presidente da Assembleia Municipal de Esposende, eleito pelo PSD, até o partido ter escolhido Guilherme Emílio, em dezembro de 2024, como cabeça de lista para as autárquicas de ontem.
O próprio Carlos Silva chegou a revelar que tinha sido convidado, em 2023, pelo então presidente da câmara, Benjamim Pereira, para esse mesmo lugar. Com a saída do autarca para o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana, a liderança camarária passou para Guilherme Emílio, que agora ficou em segundo lugar.
A lista vencedora de Carlos Silva para a Assembleia Municipal foi encabeçada por Alberto Figueiredo, antigo presidente da Câmara de Esposende, durante uma década, nos anos 90, eleito também pelo PSD.