Bilheteira abre na quinta-feira a pensar na época natalícia. Vai ser o primeiro do país a ter sistema para daltónicos.
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O Carnaval de Estarreja ganha em 2024 mais dois grupos, inclui os daltónicos e abre as bilheteiras na quinta-feira, para quem quiser oferecer ingressos este Natal ou garantir já a entrada nos corsos de 11 e 13 de fevereiro e outros eventos. As novidades foram dadas a conhecer esta quarta-feira e mostram um carnaval cheio de vitalidade, que planeia continuar a crescer também em número de visitantes.
“Vamos abrir a bilheteira mais cedo e, pela primeira vez, vamos dar às pessoas a oportunidade de oferecer Carnaval no Natal”, explicou a vereadora Isabel Simões Pinto, adiantando que a bilheteira online abre amanhã e permitirá a compra de passes livre-trânsito com desconto. Até 6 de janeiro, os passes variam entre os 12 e os 20 euros, valores que ficam até seis euros mais caros depois dessa data.
Em 2024, o Carnaval ambiciona receber 80 mil visitantes (mais 5000 do que este ano) e aumentar a projeção nacional. O investimento volta a rondar o meio milhão de euros.
Uma das grandes novidades é a implementação do Sistema de Identificação de Cores para Daltónicos ColorADD, que permite que estes identifiquem as cores graças ao uso de símbolos. Estarreja será pioneiro ao aplicar o sistema “em tudo o que é funcional em termos de orientação”, ajudando os daltónicos a identificar, por exemplo, as bancadas e os acessos. O sistema será, mais tarde, alargado a outros eventos e espaços.
Nos desfiles de 2024 vão estar 1300 figurantes, 16 carros alegóricos e 13 grupos, mais dois do que este ano. São exclusivamente femininos e demonstram a “vitalidade do Carnaval”, adianta Pedro Silva, presidente da Associação de Carnaval de Estarreja. “Há uns 10 anos tínhamos mais grupos que foram indo embora, agora está a suceder o contrário e isso deve-se ao trabalho da associação e da autarquia”.
Helena Silva, presidente das “Eufemeas”, o novo grupo de passerelle, disse que depois do “afastamento social” durante a pandemia, houve vontade de criar novas “dinâmicas”, pelo que as mulheres avançaram para preencher uma “lacuna”. Orquídea Resende, presidente de “As Mandonas”, concretiza o “sonho” de criar um grupo feminino. “Agora começa a prova de fogo”, diz a foliona, prometendo “muito brilho” no Carnaval em 2024.