Estudante da Universidade de Aveiro desaparecida há mais de um mês foi encontrada em Lisboa
Thayla Hendyo Pereira de Motta, estudante brasileira da Universidade de Aveiro que se encontrava desaparecida desde 15 de dezembro, foi encontrada pelas autoridades portuguesas na estação de Sete Rios, em Lisboa. Estava desorientada, a viver na rua e com fome e foi levada para o Hospital de Santa Maria "por precaução".
Corpo do artigo
Fonte da PSP revelou ao Jornal de Notícias que, depois de ter sido vista por uma pessoa que conhecia o caso do desaparecimento, as autoridades policiais foram chamada e confirmaram tratar-se de Thayla.
Segundo relata o Correio Braziliense, que cita uma irmã da jovem, a estudante foi encontrada com um homem, que terá fugido quando viu a Polícia. De acordo com a mesma fonte, Thayla estava desorientada, não sabia quando tinha deixado de ter contacto com a família, encontrava-se desidratada e com fome.
A edição brasileira da revista Marie Claire revela que foi uma agente da PSP que, num primeiro momento, lhe comprou comida, ajudando a quebrar alguma desconfiança que Thayla sentia. "Ela esteve 40 dias na rua e está muito confusa, chorou muito", descreve uma amiga brasileira que esteve em Lisboa a acompanhar as buscas. "Não quis ser acompanhada pela polícia, mas a agente foi muito atenciosa e comprou comida para ela. Ela sente que as pessoas não gostam dela, parece estar envergonhada", explicou.
Foi levada de ambulância para o hospital de Santa Maria, onde se encontra sob observação na companhia de uma pessoa conhecida, para evitar que saia da unidade hospitalar. A família está a organizar uma recolha de fundos, para financiar o regresso ao Brasil de Thayla Motta.
Em Aveiro desde outubro
Segundo a irmã de Thayla, Kimberly Amaral, a jovem mudou-se para Aveiro em outubro de 2024. “A gente só teve conhecimento disso em novembro. Em dezembro, ela parou de responder, mas não achamos estranho porque ela nunca foi de manter muito contacto”, contou ao jornal brasileiro "Metrópoles".
O alerta para o desaparecimento foi dado por amigos da faculdade, que contactaram a família. “Os amigos dela começaram a entrar em contacto, a perguntar por ela. Ela começou a faltar à faculdade, o alojamento dela parecia que estava vazio. Ficamos muito preocupados”, continuou a irmã.
Além disso, Thayla parecia estar a passar dificuldades financeiras, não estando a conseguir pagar o alojamento onde morava. Em novembro de 2024, a brasileira criou uma angariação de fundos na plataforma de crowdfunding GoFundMe para estudar em Portugal, tendo como meta arrecadar 600 euros.
Fonte da Universidade de Aveiro confirmou ao JN que Thayla Motta era aluna daquela universidade e estava numa residência. Há tempos tirou as coisas da residência e entregou a chave, mas "não deixou nenhuma mensagem", disse.
Na angariação de fundos que a estudante promoveu, e que não teve doações, Thayla Motta contava que o curso dos seus “sonhos” era Línguas, Culturas e Literaturas e que tinha conseguido colocação em Portugal.