Estudar e trabalhar ao mesmo tempo: “O hábito está tão enraizado que não me custa nada”
Elisabeth Pimenta é trabalhadora-estudante e aponta o facto de ter dado explicações durante o Ensino Secundário como fator de experiência para conseguir acumular várias atividades.
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A frequentar o primeiro ano do mestrado em Tradução, Elisabeth Pimenta começou este ano a dar aulas na Escola Superior de Educação de Bragança (ESEB), onde também estuda. “Para já, é só um part-time, mas exige responsabilidade e tem alguma carga horária até para preparar as aulas”, explicou Elisabeth.
Trabalhar e estudar é coisa que não a assusta, pois desde a adolescência que dá explicações particulares de Inglês e outras disciplinas, para ir ganhando algum dinheiro. “Quando andava no Secundário, também trabalhava em cafés e nos negócios da minha família. Só que nessa altura geria o tempo como queria e trabalhava quando podia, agora ao dar aulas não é assim, tenho um horário de cerca de três horas por dia e tenho de cumprir e estar bem preparada”, esclareceu a jovem, sublinhado que “o hábito de trabalhar e estudar está tão enraizado em mim que não me custa nada”.
Para Elisabeth, trabalhar “é uma mais-valia, que confere experiência”.
Como trabalha e estuda na mesma instituição, evita grandes deslocações, o que torna tudo mais simples. “Não perco tempo a deslocar-me. Consigo conciliar o trabalho e os estudos, mas reparo que há colegas de curso que nas empresas onde trabalham não lhes são dadas facilidades para estudar”, observou.
Além disso, na Escola Superior de Educação, são dadas algumas facilidades a quem estuda e trabalha, “como a não obrigatoriedade de assistir às aulas, flexibilidade na avaliação”, destacou a aluna.
Elisabeth não tem estatuto de trabalhadora-estudante, mas encara as duas atividades em simultâneo “com toda a normalidade”.
Como professora na Escola Superior de Educação de Bragança garante que os anos em que deu explicações quando era aluna do Secundário lhe conferiram experiência. “Tinha de preparar as aulas. A entrada como professora no Ensino Superior para mim foi suave, porque estou habituada a trabalhar”, disse.
“Tinha de preparar as aulas. Esta entrada como professora no Ensino Superior para mim foi suave, porque estou habituada a trabalhar”, acrescentou.