O director regional do Ambiente da Madeira, João Correia, disse hoje, segunda-feira, que a ETAR da baixa do Funchal estará inoperacional durante duas ou três semanas após o temporal que assolou a ilha no sábado.
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De acordo com o governante, a ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais) "está efectivamente danificada, mas a direcção regional está convencida de que não existirão problemas de maior quanto à qualidade e funcionalidade dos sistemas de saneamento básico da cidade".
Por outro lado, o director regional referiu que a polémica em torno do depósito de inertes que está sendo feito na Praia do Calhau, na Marginal da cidade, "não se coloca de momento".
"Agora, o mais importante é limpar o mais rápido possível as estradas, edifícios, casas e parques de estacionamento, que ficaram inundados com muitos detritos, pedras, lamas e areia", disse o responsável.
João Correia explicou também à Lusa que a água potável está disponível apenas a 70 por centro dos consumidores do concelho do Funchal e que o facto de a mesma apresentar cheiros muito intensos e desagradáveis deve-se provavelmente ao seu tratamento.
"Esta questão não depende da direcção regional do Ambiente, mas sim ao Instituto de Gestão da Água, mas tenho a certeza de que se houvesse qualquer anomalia já teria sido comunicado pelas autoridades", afirmou.
O temporal que assolou a ilha da Madeira no sábado causou a morte a pelo menos 42 pessoas, segundo o último balanço do Governo Regional.
No entanto, as autoridades admitem que o número de mortos possa aumentar, já que existem 32 pessoas desaparecidas.
O Governo decretou um luto nacional pelas vítimas da Madeira e na próxima quarta feira o Presidente da República desloca-se à ilha.