A Câmara do Porto vai avançar com uma unidade de produção de energia renovável na ETAR do Freixo. O Município foi selecionado para participar no projeto europeu Supremas, que visa "promover a elaboração de sistemas de gás descentralizados, contribuindo para a transição energética e sustentabilidade ambiental".
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"Depois de, em 2023, ter avançado com o primeiro módulo de água para reutilizar, a ETAR do Freixo dá, agora, um novo passo na produção de energia renovável, assumindo-se como uma verdadeira fábrica de recursos", sublinha a Autarquia, em comunicado.
O projeto "Supremas - unidades modulares de gás de síntese (syngas) para a produção de energia renovável a partir de múltiplos resíduos e para diferentes aplicações" vai avançar em sete países, cabendo ao Porto representar Portugal. "O "Supremas" irá proporcionar cadeias de valor circulares, nos quais diferentes tipos de resíduos poderão ser utilizados para a produção de eletricidade, energia térmica e novos materiais", pormenoriza a Câmara.
A ETAR do Freixo vai transformar-se, assim, numa central de produção de bioenergia, contribuindo para a transição energética.
"A inovadora unidade modular móvel será implementada na ETAR do Freixo, sendo submetida a testes ao utilizar lamas digeridas como principal matéria-prima, de forma isolada ou em combinação com outras matérias-primas. Os testes consistem na produção de gás de síntese (syngas) que será valorizado por meio de um sistema de cogeração para gerar eletricidade e calor", refere a Autarquia. O processo vai ser avaliado ao longo de de seis meses, por parte da empresa municipal Águas e Energia do Porto.
Ainda segundo a a Câmara do Porto, "o projeto é cofinanciado a 70% pelo programa "Horizonte Europa" com um valor aprovado de 177 104,38 euros e vai contribuir para a apresentação de soluções inovadoras para posterior replicação em dez locais da Europa". O projeto insere-se nos objetivos do Pacto do Porto para o Clima, através do qual o Município pretende antecipar a neutralidade carbónica até 2030.