Centenas de pessoas manifestaram-se, esta sexta feira, contra o encerramento do tribunal de Resende. Ex-autarca promete "luta aos fanáticos" e declara ministra da Justiça "persona non grata" no concelho.
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"Lutaremos contra estes fanáticos que esquecem o interior", afirmou António Borges, ex-presidente da autarquia que discursou para a população, concentrada junto ao tribunal.
" A partir de agora a ministra da Justiça é persona non grata. A nossa imaginação estará ao serviço desta causa" afirmou, sem especificar novas medidas de lutas.
O presidente da câmara, Garcez Trindade (PS) defendeu a realização de um referendo sobre o novo mapa judiciário. "Perguntem aos portugueses qual é a ideia em relação a esta questão" , afirmou o autarca.
Com o fecho do tribunal, a população terá de deslocar-se a Lamego, que dista cerca de 25 quilómetros.
A falta de transportes é um dos argumentos apresentados para que o tribunal se mantenha na vila. Num meio onde a população idosa, com falta de meios económicos, é maioria "irá imperar a lei do mais forte", afirmou Garcez Trindade.