Ex-vice de Gaia lamenta que Caves de Vinho do Porto ainda não sejam Património Mundial

“Após nove anos [a intenção foi anunciada em 2015], ninguém conhece se a candidatura foi apresentada à UNESCO”, sublinha o social-democrata, que incide as suas críticas no socialista Eduardo Vítor Rodrigues, que lidera os destinos da Câmara de Gaia e cumpre o seu terceiro e último mandato. "Desperdiçou uma oportunidade de valorizar Vila Nova de Gaia, nomeadamente o seu Centro Histórico", afirma, admitindo-se triste e dececionado com o facto de o processo não ter avançado. "Não passou da apresentação publica de mais uma ilusão", sustenta.

“Hoje, temos de questionar publicamente as razões do fracasso e insucesso da apresentação da candidatura, quando o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia afirmou na imprensa, em novembro de 2015: ‘O prazo para a apresentação das candidaturas termina no início de 2017, mas, vamos apresentar antes, no verão do próximo ano. O próximo passo é avançar para a dimensão histórica e conceptual’", afirma Firmino, numa declaração política enviada ao JN.

O também ex-deputado e ex-líder da Concelhia social-democrata de Gaia defende que “a elevação das Caves do Vinho do Porto a Património da Humanidade é sem dúvida uma enorme valorização do património edificado (70% do edificado do Centro Histórico são caves), uma valorização histórica, cultural e económica para Gaia e para a Região Norte”.

Assinalando que as Caves do Vinho do Porto são visitadas todos os anos “por centenas de milhares de turistas” e, por isso, “são um património incalculável que deve ser protegido”, com o “reconhecimento como Património da Humanidade”. 

Desde 1996, a Serra do Pilar, em Gaia, é Património Mundial, estando incluída na classificação que abrange o Centro Histórico do Porto e a Ponte Luís I.