Firmino Pereira, antigo vice-presidente da Câmara de Gaia nos mandatos de Luís Filipe Menezes, exige que o atual presidente, Eduardo Vítor Rodrigues, divulgue os resultados de duas auditorias encomendadas pela autarquia na sequência da Operação Babel.
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Num texto enviado ao JN, o ex-vereador do PSD considera que o atual executivo socialista “está ferido de legitimidade política e sem ética para continuar a gerir a Câmara Municipal de Gaia”. Invocando os crimes pelos quais o ex-vice-presidente, Patrocínio Azevedo, foi acusado pelo Ministério Público, Firmino Pereira exige que Eduardo Vítor Rodrigues “divulgue de imediato e publicamente os resultados das duas auditorias que mandou executar”. Uma refere-se a todos os processos envoltos em suspeição da Operação Babel e a outra corresponde a “processos administrativos do urbanismo que foi solicitada ao Professor Paulo Morais”.
Para Firmino Pereira a dimensão da gravidade da acusação, que envolve três processos do Grupo Fortera (Skyline/Centro de Congressos, Riverside e Hotel Azul), “transcende um mero ato judicial e deixa politicamente o executivo socialista ferido de morte no seu funcionamento”.
Sobre a ex-chefe de departamento de urbanismo da câmara de Gaia, que também está acusada de corrupção e está atualmente a desempenhar as mesmas funções na autarquia de Lisboa, Firmino Pereira diz ser “admirável e curioso” que os vereadores do PS na câmara da capital “solicitem uma auditoria aos atos praticados por uma funcionária municipal do urbanismo de Lisboa, que também está acusada na Operação Babel dado o cargo dirigente que ocupava em Vila Nova de Gaia”.
O ex-vice de Luís Filipe Menezes faz uma leitura: “os vereadores do PS de Lisboa estão também apreensivos quanto ao conteúdo e forma como politicamente estava a ser gerida a área de urbanismo de Vila Nova de Gaia”.
Pedindo que o atual presidente venha público explicar-se sobre a acusação deduzida contra Patrocínio Azevedo, uma vez que “o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia foi sempre o porta voz público de um dos processos que envolvia o famigerado Centro de Congressos”.
O ex-vereador pede ao executivo socialista para ponderar se tem condições políticas para gerir os destinos de Gaia.