Alunos do 9º ano da escola José Estevão, em Aveiro, foram surpreendidos com perguntas sobre lugares geométricos, mas consideraram prova de Matemática acessível.
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Pouco passava das 11 horas de ontem quando vários grupos de alunos do 9º saíram da Escola Secundária com 3º ciclo José Estevão, na cidade de Aveiro. A opinião, depois de realizarem o exame de Matemática, era unânime: no geral a prova era acessível e correu bem. Nem o facto de, pela primeira vez, ter tido uma componente realizada em computador, os fez descarrilar.
Maria Carolina Rodrigues e a amiga Helena Canha exibiam um sorrido rasgado. O exame de Matemática, de caráter obrigatório e com influência na média, “correu muito bem”, garantiram, confiantes, as jovens de 14 anos. Aliás, pareceu-lhes de tal forma acessível, que ambas concluíram a prova dentro dos 90 minutos previstos, dispensando a meia hora extra de tolerância.
Mariana Godinho, 15 anos, aluna com média de 4 à disciplina, também assegurou que o exame “correu bem”. “Estava à espera que fosse mais difícil”, disse, revelando que, à semelhança das colegas, não contava que saíssem questões sobre lugares geométricos. Mas nem isso baralhou muito Mariana, que se mantém “tranquila”.
Ao lado, Maria Vilaça, 15 anos, também estava otimista em relação aos resultados. “Sou boa aluna, quando me dedico e estudo. O exame foi fácil, apesar de ter sido no computador”, contou. Esta é a primeira vez que o exame tem uma componente digital, mas isso “não atrapalhou muito”. “Já tínhamos feito umas provas modelo na escola e isso facilitou”, explicou, revelando que a escola também promoveu “algumas atividades da [plataforma educativa digital] Escola Virtual no telemóvel”, o que contribuiu para, ontem, se sentir mais à vontade.
Para o papel ficaram reservadas questões sobre “funções e lugares geométricos. No computador eram basicamente escolhas múltiplas”, completa Inês Valente, que considerou o exame “bué fácil”. “Estudei bastante e consegui acabar no tempo normal, mas fiquei na sala durante a meia hora de tolerância para rever tudo direitinho. O tempo foi adequado para o exame”, acrescentou.
“A parte digital era, sobretudo, escolha múltipla. Se fosse escrever no computador, seria um bocadito mais difícil para mim”, contou Afonso Martins, o único que confessou que se deparou com alguns exercícios, sobre volume e trigonometria, que o deixaram “um bocadinho atrapalhado”. Mas, ainda assim, no geral, o exame à disciplina que costuma ser um ‘calcanhar de Aquiles’ para muitos alunos portugueses, “correu bem”. O jovem preparou-se nas últimas duas semanas, “fazendo exames e exercícios” e as “aulas de preparação na escola ajudaram a organizar os estudos”.