Está para breve o início da obra de prolongamento do Canal de São Roque, em Aveiro. A empreitada foi adjudicada pela Câmara, quinta-feira, à empresa Paviazeméis, por 2,38 milhões de euros – cerca de 600 mil abaixo daquele que era o preço base do concurso público – e um prazo de execução de 270 dias.
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Nas imediações do local, nos terrenos da antiga Vitasal, uma empresa privada, a Civilria, vai depois construir uma urbanização com edifícios de habitação, um hotel e um museu, que será entregue à autarquia.
Ribau Esteves, presidente da Câmara, sublinhou que a obra vai avançar devido a “compromissos antigos” que a autarquia tem “com a antiga Vitasal e com o seu novo dono, a Civilria”. Segundo o mesmo, a urbanização em causa “já passou por três presidentes de câmara e por seis mandatos”. Além disso, frisou o autarca, a empreitada “tem outro objetivo, que é o aumento da capacidade de armazenamento de água do canal”.
Evitar cheias
A expansão daquele braço da ria de Aveiro vai, ao que tudo indica, permitir aumentar, em cerca de 25%, a capacidade dos canais urbanos, que funcionam como retenção nas situações em que, simultaneamente, haja chuva intensa e maré alta, prevenindo a ocorrência de cheias.
A Civilria, que adquiriu a massa falida da Vitasal, quer construir nos antigos terrenos da fábrica uma urbanização, com três edifícios de habitação. Será edificado, também, um hotel e um quinto edifício – no valor, segundo Ribau Esteves, de 10 milhões de euros –, que será entregue à gestão da Câmara, para ali instalar um museu de arte contemporânea.
Os vereadores da oposição (PS), abstiveram-se na votação da adjudicação da empreitada. Segundo o socialista Fernando Nogueira, “a expansão faz sentido”, mas existe “uma certa falta de definição sobre as condições em que será feita a urbanização, a promover pelo privado”. Disse aguardar, por isso, “mais esclarecimentos, daqui a pouco tempo”.