Em dia de alerta laranja, com muita chuva e vento forte, o teste de corte da circulação automóvel em algumas das principais vias do centro da Cidade Berço, com vista a uma futura pedonalização, gerou momentos caóticos esta quarta-feira.
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Os problemas sentiram-se, principalmente, no largo República do Brasil, com especial incidência no período entre as 8 horas e as 9.30 horas. Entretanto, ao final da manhã, o Município deu por terminado o ensaio nesta zona mais crítica, mantendo a o corte de trânsito na alameda de São Dâmaso, largo do Toural e rua de Santo António.
O segundo teste (o primeiro foi entre 17 e 20 de outubro ) da interdição da circulação automóvel em de algumas das artérias do centro da cidade de Guimarães parou por completo o trânsito em alguns locais durante largos minutos. Até para lá das 9.30, os automobilistas desesperaram em longas filas na alameda de São Dâmaso, impedidos de aceder ao largo do Toural, no largo República do Brasil, por não poderem subir a avenida D. João IV. Também a avenida Alberto Sampaio foi contaminada pelos bloqueios mais adiante. O temporal acabou por contribuir para o agravamento da situação.
Ao final da manhã, a Câmara Municipal pôs fim ao teste, que estava anunciado para durar até às 20 horas, na avenida D. João IV, largo República do Brasil e na rua de São Nicolau dos Estudantes, precisamente os pontos em que houve mais problemas. Segundo o Município, “durante este teste, foram recolhidas as informações necessárias para análise e avaliação do impacto das alterações viárias”. Nos outros locais afetados por esta experiência, os constrangimentos à circulação de carros mantêm-se até às 20 horas.
No segmento norte da alameda S. Dâmaso, na zona nascente do largo do Toural, e na rua de Santo António continuam a só poder circular carros: de residentes identificados; transportando ocupantes com mobilidade condicionada; de socorro e emergência; da Polícia; e de serviços indispensáveis ao interesse público. A faixa mais à direita da avenida Conde Margaride, da avenida Afonso Henriques e da rua Paio Galvão continuam reservadas para transporte público, como inicialmente previsto.
Oposição acusa o PS de andar às “apalpadelas”
Em comunicado enviado às redações esta quarta-feira à tarde, o PSD Guimarães afirmou que “paralisar uma cidade inteira para experimentalismos é próprio de um poder velho e gasto que age do alto da sua torre de marfim sem se importar minimamente com os danos e custos provocados à vida dos cidadãos e ao normal funcionamento do comércio e serviços”. O candidato social-democrata à Câmara de Guimarães defendeu que “o PS anda às ‘apalpadelas’ para resolver problemas antigos, muitos dos quais causou”.