<p>Uma explosão na freguesia de Paúves, em Cinfães, feriu um homem e danificou sete habitações. O incidente ocorreu quan-do um camião, vindo de Marco de Canaveses, transportava 15 a 20 quilogramas de dinamite.</p>
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A EN 222 foi palco, pelas 6. 15 horas de ontem, de uma explosão num camião que transportava 15 a 20 quilos de dinamite e uma máquina de furos artesianos. Desconhece-se a causa da explosão. O incidente aconteceu em Paúves e alarmou a população. Apesar dos avultados estragos, apenas o condutor do camião sofreu ferimentos ligeiros. Como estava a sangrar do nariz, foi transportado, por precaução, para o Centro de Saúde de Cinfães.
A violência do rebentamento causou danos em sete casas e projectou peças da máquina de furos artesianos para os jardins contíguos à estrada. A habitação mais próxima pertence a Maria Isabel Silveira. Vidros partidos, portas estragadas, candeeiros caídos, persianas danificadas - este foi o cenário que Maria Isabel Silveira encontrou quando chegou a casa na manhã de ontem. "Ainda bem que não estávamos aqui" desabafa a proprietária, lembrando os habituais acidentes de viação naquela curva da EN222. Mas nunca antes houve uma explosão. "É a primeira vez que uma situação destas acontece", garante Maria Isabel Silveira, que vive em Cinfães desde 1983.
A casa está normalmente desabitada. Maria Isabel, o marido e os três filhos almoçam e dormem lá de vez em quando. "Tivemos sorte. A janela do meu quarto partiu toda e a cama está cheia de vidros", acrescenta. Uns metros acima vive Maria Alice de Jesus, sogra de Maria Isabel. A idosa de 85 anos foi acordada pela explosão.
"Ouvi um estrondo. Parecia um trovão. A casa abanou toda e a cama também". Assustados, os filhos de Maria Alice acorreram a casa da mãe com receio que estivesse ferida. Encontraram vidros partidos e a porta aberta, mas a idosa estava bem.
O camião pertence à Granidera, empresa de granitos de S. Lourenço do Douro, no Marco de Canaveses. António Pereira, um dos proprietários da empresa afirmou que o camião foi carregado anteontem à tarde numa altura em que estava ausente. "Nunca aconteceu uma coisa destas. Vamos averiguar o que se passou", sustenta. Será feita uma avaliação dos prejuízos e accionados os seguros. A casa de Maria Isabel não está segurada, mas a proprietária afirma que a Granidera já se prontificou a executar as reparações.
Os Bombeiros de Cinfães e a Brigada de Minas e Armadilhas da GNR de Cinfães tomaram conta da ocorrência. Os voluntários fizeram a limpeza da estrada que esteve cortada até às 13 horas. Umaequipa de inactivação de explosivos de Viseu usou três cães para detectar resíduos de dinamite nos jardins contíguos à EN222.