Uma explosão, após uma fuga de gás, no sétimo piso de um prédio no Casal de São Brás, na Amadora, provocou esta quarta-feira 16 feridos, incluindo seis bombeiros, um dos quais está em estado grave mas não corre perigo de vida.
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A explosão, ocorrida um pouco antes das 11 horas, causou 16 feridos - 15 ligeiros e um grave, um bombeiro da corporação dos Bombeiros Voluntários da Amadora -, além de vários danos materiais em "dezenas" de prédios, cafés, carros e na Escola EB 2,3 Miguel Torga, avançou o comandante da Proteção Civil da Amadora, Luís Carvalho, e confirmou o JN no local. "Há edifícios nas imediações e nas traseiras que sofreram com a projeção de materiais. Estamos a fazer o levantamento", avançou aos jornalistas.
Após uma chamada de uma moradora que sentiu um cheiro intenso a gás, os bombeiros deslocaram-se para o local e, quando estavam a fazer o reconhecimento da situação, ocorreu a explosão. Um dos bombeiros, que está em estado grave, foi projetado, acabando por cair no chão. Foi transportado para o Hospital São Francisco Xavier e apresenta "lesões na bacia e algumas fraturas", disse aos jornalistas o comandante operacional distrital de Lisboa, Hugo Santos. O JN apurou que não corre perigo de vida.
O incidente ocorreu no número 7 da Rua José Maria Pereira, no Casal de São Brás, e obrigou à evacuação de dezenas de moradores deste prédio e dos prédios adjacentes, números 5 e 9, que só deverão regressar a casa dentro de alguns dias.
"Ainda não se sabe quando poderão voltar às habitações, mas arrisco dizer que nos próximos dias não haverá essas condições, porque o edifício não oferece quaisquer condições de habitabilidade para que possam voltar", explicou aos jornalistas o comandante da Proteção Civil da Amadora. Questionado sobre se há risco de o prédio ruir, Luís Carvalho disse que essa avaliação ainda vai ser feita.
"Primeiro vamos garantir que a estrutura está em condições de podermos fazer a vistoria e uma avaliação mais pormenorizada do ponto de vista técnico, depois vamos retirar os veículos e limpar a via pública e só depois perceberemos se dará para entrar. Pode haver algum colapso de algum teto", explicou.
No local estão 56 operacionais de várias corporações de bombeiros, proteção civil e INEM, além de 30 efetivos da PSP.