Uma violenta explosão destruiu um apartamento desabitado no 10º e último andar de um prédio na Avenida de Vasco da Gama, na Póvoa de Varzim. Sem meios para chegar ao fogo, os bombeiros tiveram de seguir pelas escadas interiores do prédio.
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A falta de uma auto-escada nos Bombeiros Voluntários da Póvoa, que permita o acesso aos andares superiores dos prédios mais elevados, voltou a fazer-se sentir. No incêndio da Avenida de Vasco da Gama, anteontem à noite, valeu a rápida actuação dos elementos da corporação, que quando chegaram ao local ainda conseguiram chegar ao apartamento pelas próprias escadas do prédio. Conseguiram evitar, assim, que as chamas alastrassem a outras casas.
"Foram três explosões cerca das 20.45 horas: uma mais forte, que abanou o edifício todo, e duas mais pequenas. Estremeceu tudo. Pensámos que era um carro desgovernado que tinha entrado pelo prédio dentro", contou Anabela Silva, de 18 anos, que, na altura dos estrondos, se preparava para fechar o salão de chá onde trabalha, no rés-do-chão do edifício.
De acordo com fonte dos Bombeiros Voluntários da Póvoa, na origem da explosão terá estado o rebentamento de uma botija de gás no andar, que estava desabitado e em obras de remodelação.
Com a explosão, centenas de pedaços de vidro, caixilharias, madeiras e persianas foram projectadas para a rua e para as varandas dos andares vizinhos.
"Ficou tudo cheio de vidros, os carros estacionados aqui à porta ficaram todos riscados, era só gente aos gritos nas varandas do prédio em frente, o trânsito parou… Foi um grande susto!", continuou a contar Anabela Silva.
Às explosões seguiu-se um incêndio que destruiu por completo o andar, mas que foi debelado pelos Voluntários.