Fábrica de Leiria vai despedir 23 funcionários com salários mais elevados
Quebras nas receitas levam GLN AS a reduzir custos e a admitir fecho. Trabalhadores falam em "má gestão".
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A GLN Advanced Solutions (AS), fábrica de peças plásticas para a indústria automóvel, em Leiria, vai despedir 23 diretores, quadros médios e técnicos, por terem "salários mais elevados", num universo de 520 trabalhadores efetivos e 75 temporários, apurou o JN. Gonçalo Ventura, administrador, confirma a necessidade de "adequar a estrutura de custos às quebras na produção e nas receitas", e admite até fechar a empresa. Entre 1 janeiro e 31 de maio de 2025, foi anunciado o despedimento coletivo de 3096 pessoas em Portugal, número muito próximo dos 3303 ocorridos no ano de 2022 e dos 3819 no ano de 2023.
"Estamos num processo de despedimento coletivo e de adequação da estrutura de custos, em função dos resultados, para garantir a viabilidade da empresa", afirma Gonçalo Ventura. "É impossível manter os custos, com estas quebras nas receitas, e vai ser uma poupança muito grande", justifica. Pelo que o JN apurou, este corte reduzirá os custos com salários em cerca de um milhão de euros por ano, sendo que a empresa faturou 54,5 milhões em 2023, valor que tem vindo a diminuir.