O Município de Fafe decidiu ativar o Plano Municipal de Emergência devido ao aumento significativo dos casos de covid-19. Outubro elevou o concelho para um nível de infeção que ainda não havia sentido desde o início da pandemia.
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Se até ao início do mês havia registo de um total de duzentas infeções, o mês fecha com mais de 600 casos, o que significa um aumento de 400 infetados, 195 na última semana.
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"Infelizmente as notícias não são as melhores. Fafe apresenta uma evolução grande no número de casos e uma evolução também na rapidez com que esses casos estão a aumentar que nunca tivemos desde o início da pandemia em março, nunca verificamos uma situação como a que atualmente estamos a viver", assumiu o autarca Raul Cunha, num vídeo publicado nas redes sociais.
No imediato, além da prontidão dos serviços de proteção civil, a ativação do plano de emergência municipal faz com que a autarquia retroceda na intenção de manter aberto o cemitério municipal nos próximos dias, decisão que, já se sabe, não será seguida por todas as freguesias do concelho. Não existindo um foco identificado de infeção, o edil fafense explicou que o contágio é comunitário, "um bocadinho espalhado por todo o lado".
Apesar da proximidade a Guimarães e Felgueiras, duas localidades fortemente atingidas pela pandemia, Fafe tinha mantido um número estabilizado de infeções, situação que levou a que a Câmara realizasse um conjunto de eventos que acabaram por envolver muita gente externa ao Município.
A 27 de setembro acolheu o prólogo da Volta a Portugal em bicicleta e no fim de semana seguinte o Rali Montelongo, a contar para o europeu de ralis, que coincidiu com a realização dos fins de semana gastronómicos com 13 restaurantes aderentes. Estas iniciativas levaram mesmo o município a anunciar uma taxa de ocupação hoteleira perto dos 100% nesse período. Confrontado pelo JN com estes dados, Raul Cunha não quis responder.