Escola de verão para jovens da representação portuguesa da Comissão Europeia promoveu a cidade.
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Poucas vezes, no curto de espaço de tempo que são quatro dias, Miranda do Douro teve oportunidade de receber tantos políticos notáveis a nível nacional e internacional, como Marcelo Rebelo de Sousa, presidente da República, António Vitorino, antigo comissário europeu e atual presidente do Conselho Nacional para as Migrações e Paulo Rangel, atual ministro dos Negócios Estrangeiros, para referir só os mais mediáticos que foram oradores na SummerCeMP, a escola de verão para jovens organizada pela representação portuguesa da Comissão Europeia (CE), que terminou ontem naquela cidade raiana.
A representante da CE, Sofia Moreira de Sousa, constatou que Miranda do Douro “é sem dúvida ouropeia”, a palavra mirandesa para Europeia, e salientou a “boa cooperação” com a Câmara e a população. “Falamos, debatemos e fomos Europa em Miranda do Douro. De forma informal debateram-se problemas muito sérios, mas com impacto no dia a dia nossas vidas”, referiu Sofia Moreira de Sousa.
“Saímos com muita mais energia para continuar a trabalhar no futuro das questões europeias”, acrescentou. O objetivo da iniciativa é a aproximação dos cidadãos da Europa.
Palestras, conversas, seminários, concertos e até uma aula de língua Mirandesa ocuparam os dias dos 40 jovens de todo o país, embora nenhum do distrito de Bragança, que têm em comum o interesse pelas questões europeias. “Algumas atividades estavam abertas ao público e pode dizer-se que houve participação dos mirandeses”, referiu a autarca mirandesa, Helena Barril, garantindo que se notou “um movimento fora do comum da parte da população”.
Pessoas importantes
Para a autarca, esta edição do Summer CEMP foi muito positiva “porque tem muito impacto, nomeadamente económico, na cidade, mas também é muito importante para a promoção do território”.
Ainda assim, nem todos dos mirandeses sabiam o que estava a acontecer. “Não dei por nada. Nem ouvi falar”, admitiu José Soares, antigo combatente.
Já Eliseu Galego soube através das noticias e defendeu que o evento “é importante para a cidade, pelas pessoas importantes que trouxe”.
Os jovens não querem baixar os braços e importam-se com o que se passa na Europa.
José Afonso Garcia, estudante de Engenharia Informática, natural de Boticas, gostou. “Tive oportunidade de ser presidente da Associação Académica da Universidade de Lisboa, o que me meteu o bichinho e me faz procura mais estes eventos e este é dos melhores em termos de organização e fala de questões europeias, que estão distantes do dia a dia”, notou o estudante que já está a lançar uma start-up.