Após o incêndio de 2017 ter devorado 86% da Mata Nacional, autarca e especialista receiam que as chamas voltem a pintar tudo de negro. Ministério garante ter concluído ações de defesa.
Corpo do artigo
Seis anos após o incêndio que destruiu 9498 hectares do Pinhal de Leiria, a falta de limpeza e de manutenção de várias zonas que não foram atingidas pelas chamas constituem motivo de preocupação para Aurélio Ferreira, presidente do município da Marinha Grande. Octávio Ferreira, silvicultor que trabalhou 35 anos nesta área florestal, defende que, para impedir que a tragédia de 15 de outubro de 2017 se repita, é fundamental limpar as faixas de gestão de combustível, eliminar a vegetação rasteira e exterminar as espécies invasoras. Contudo, fonte oficial do Ministério do Ambiente assegurou ao JN que as ações de defesa da floresta contra incêndios foram concluídas em 2021.
As intervenções para “melhorar a resiliência da mata ao fogo e favorecer o desenvolvimento dos povoamentos florestais não atingidos pelo incêndio” abrangeram 463 hectares de mosaicos de parcelas de gestão de combustível e 53 hectares da rede primária de faixas de gestão de combustível. Além disso, a mesma fonte diz que o Instituto Nacional de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) “tem empenhado meios significativos na intervenção das diferentes tipologias das faixas de gestão de combustível, rede viária e rede divisional, com destaque para a realização do corte e destroçamento dos matos, com ações de desramação de pinheiro-bravo”.