A Câmara de Barrancos (CMB) ainda não conseguiu dar início à época balnear de 2022, cujo arranque estava previsto para 1 de junho, no Complexo das Piscinas Municipais da vila. Em causa está a falta de nadadores-salvadores (NS) com acreditação validada pelo Instituto de Socorros a Náufragos (ISN).
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A autarquia abriu dois concursos que ficaram desertos, mesmo com o aumento do valor pago aos profissionais. Não houve interessados devido à falta de cidadãos com licença válida para o corrente ano.
A edilidade liderada por Leonel Rodrigues, eleito pela CDU, já recorreu a várias associações do setor, mas o problema mantém-se em muitos municípios do país, existindo piscinas e praias com as concessões encerradas por falta de nadadores-salvadores.
Em maio, a CMB abriu o primeiro concurso para a função, a exercer entre 1 de junho e 15 de setembro, que ficou deserto. Na passada quarta-feira foi aberto novo concurso, tendo a edilidade subido o valor para 60 euros/dia, com alojamento gratuito. No entanto, o resultado foi o mesmo.
A solução poderia estar a cerca de 10 quilómetros, do outro lado da fronteira, em Encinasola, onde há dois profissionais com o curso de "Socorristas Aquáticos", equivalente a nadador-salvador, mas a formação não é reconhecida em Portugal.
O edil barranquenho tem um documento preparado para enviar a António Costa, onde pede ao Primeiro-ministro que seja tomada uma de duas soluções: "a aprovação de um despacho que permita que a função de nadador-salvador seja assegurada pelos socorristas espanhóis ou o prolongamento pelo ISN da validade dos cartões caducados em 2019 e 2020, por causa da pandemia".
Segundo apurou o JN, numa recente ação de renovação das licenças que ocorreu em Reguengos de Monsaraz, dos 27 profissionais que se propuseram a exame, somente oito conseguiram a revalidação do título.